Cristian, Gregorio, Ximenes e Denísio Nascimento vencem 1ª etapa do Rally dos Sertões

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Foto: Victor Eleuterio/Vipcomm

O Rally dos Sertões começou em ritmo forte. Os vencedores da primeira etapa da competição (de Goiânia a Goianésia) foram Cristian Baumgart/Beco Andreotti (carros), Gregorio Caselani (motos), George Ximenes (quadriciclos) e Denisio Nascimento/Emílio Rockembach (UTVs). Foram 680,48 quilômetros, sendo 306,82 cronometrados.

A primeira etapa foi longa e complicada, e muitos competidores sentiram na pele as dificuldades. A dupla Marcos Baumgart e Kleber Cincea capotou o carro logo no início da especial. Nos UTVs, Denísio Casarini/Luis Eckel, Carlos Ambrósio e Cadu Sachs, entre outros, enfrentaram problemas mecânicos. Nas motos, Eduardo Shiga e Rodrigo Khezam sofreram quedas.

“Foi uma etapa muito dura, como a organização já havia dito. Mas, se tem uma coisa que a Honda se destaca é na confiabilidade e na durabilidade. Em 680 quilômetros, chegamos bem ao final e conseguimos abrir uma boa vantagem, que é muito importante para começar bem um rali duro como este”, afirmou Gregorio.

“Como previsto, foi uma etapa dura, a segunda mais longa deste Rally dos Sertões. Teve um pouco de tudo. Trechos de alta e de baixa velocidade, muitas pedras e poeira. Negociar as ultrapassagens com os UTVs foi a parte mais difícil. Fez diferença o fato da gente ter o carro mais na mão, pois andamos com ele no Rally Dakar, e também a resistência do Mini, que se portou muito bem. Foi um bom começo”, afirmou Sylvio de Barros, que foi o primeiro a terminar a especial. Entretanto, ficou em segundo porque Cristian e Beco receberam bônus de 10 minutos no tempo final por terem realizado reabastecimento durante o trecho cronometrado.

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RESULTADOS:

CARROS

1º Cristian Baumgart/Beco Andreotti 4h06min12

2º Sylvio de Barros/Rafael Capoani 4h11min05

3º Reinaldo Varela/Gustavo Gugelmin 4h18min53

4º Alvarez Fernando/Juan Monasterolo 4h36min37

5º Michel Terpins/ Maykel Justo 4h36min37

MOTOS

1º Gregorio Caselani 4h36min15

2º Júlio ‘Bissinho’ Zavatti 4h54min28

3º José Hélio 4h56min00

4º Ricardo Martins 4h56min09

5º Marco Pereira 4h58min09

QUADRICICLOS

1º George Ximenes 5h23min18

2º Pedro Costa 5h24min06

3º Milton Martens 5h24min24

4º Diogo Zonato 5h36min16

5º Michael Dias 6h59min11

UTVS

1º Denisio Nascimento/Emílio Rockembach 4h42min28

2º Enrico Andrade/Fábio Pedroso 4h48min44

3º Marcelo Gastaldi/Claudio Silveira 4h49min18

4º Edu Piano/Solon Mendes 4h52min41

5º Bruno Varela/João Arena 4h55min50

Honda busca manter a hegemonia na disputa de motos do Rally dos Sertões

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Foto: Ricardo Leizer/Vipcomm

Nos dois últimos anos a Honda Racing venceu o Rally dos Sertões, com Jean Azevedo (2015) e Gregorio Caselani (2016), além da conquista de 2012, com Felipe Zanol. Na edição de 25 anos da maior prova off-road do país (e uma das maiores do mundo), a marca buscará o quarto título e para isso contará com Jean e Gregorio, que irão correr com motocicletas Honda CRF 450X, e com Túlio Malta, que enfrentará os 3.300,06 quilômetros do trajeto com uma Honda CRF 230F. O time é comandado pelo experiente Dário Júlio. O Rally dos Sertões começa no sábado (dia 19).

Atual campeão do Rally dos Sertões, o gaúcho Gregorio Caselani só tem uma certeza antes da largada: será muito difícil. “Vai ser um rali muito duro. Mas, eu estou animado, consegui fazer uma boa preparação nestes dois últimos meses. Vou pilotar muito focado em manter o título com a Honda, independentemente de quem seja o vencedor. Se for eu novamente, melhor ainda”, afirma.

Jean Azevedo é o maior campeão da categoria motos, com seis conquistas. O paulista, de São José dos Campos, vem forte em busca do primeiro lugar. “Estou com uma expectativa muito boa, bem contente com a preparação que fiz e animado para buscar o sétimo título. Agora é me manter focado, pois serão sete dias de competição. É uma prova longa, que temos de saber administrar bem e estar sempre concentrado. A Equipe Honda me dá todo o suporte e totais condições de terminar com vitória. Então, tenho de fazer bem o meu trabalho e tentar mais uma conquista”, projeta.

Túlio Malta faz a sua primeira temporada na Equipe Honda e lidera o Campeonato Brasileiro de Rally Cross Country na categoria Nacional. “Esta será a minha segunda participação no Rally dos Sertões. Ano passado corri como piloto privado e agora tive a oportunidade de ingressar na Honda Rally Team. Estou muito feliz, bem preparado e venho de uma série de vitórias no Brasileiro. Espero manter os bons resultados e chegar em Bonito, que será a maior realização para todos os pilotos que participam do Rally dos Sertões. Meu equipamento está muito bem ajustado e vamos trabalhar para que o Honda conquiste mais um título”, afirma.

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Rally dos Sertões: Ricardo Martins está pronto para a largada das motos

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Foto: DFotos

O catarinense Ricardo Martins está pronto para a largada das motocicletas no 25º Rally dos Sertões. O piloto do Team Rinaldi encara 3.300 quilômetros de desafios, incluindo 1.999 de trechos cronometrados, com início neste domingo (20) em Goiânia, Goiás. A chegada será no dia 26 de agosto em Bonito, Mato Grosso do Sul.

Tricampeão brasileiro de rally cross country, Martins venceu em 2011 a categoria Marathon no Rally dos Sertões. O título da classificação geral das motos, porém, representa uma conquista inédita no maior rally do país. “O objetivo é acelerar com a cabeça no lugar e fazer uma prova limpa, para buscar esse título tão sonhado”, explicou o piloto, que já chegou à capital goiana.

Inscrito na categoria Super Production, ele terá o numeral 6 na motocicleta. “Venho de uma boa temporada, sem problemas físicos ou mecânicos, e consegui cumprir todo o planejamento de treinos para o Rally dos Sertões. A preparação foi correta, com tudo o que eu precisava. Os pneus Rinaldi HE 42 estão perfeitos e muito bem ajustados para o desafio. Estou bastante confiante”, concluiu Martins.

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Programação* – 25º Rally dos Sertões

19/8 (Sábado)

Das 9h às 10h – Carreata pelo centro de Goiânia (GO)

Das 10h30 às 14h – Prólogo na Cidade Alpha Goiás, em Senador Canedo (GO)

18h30 – Largada promocional no Autódromo de Goiânia (GO)

1ª Etapa – 20/8 (Domingo)

Goiânia (GO) – Goianésia (GO)

DI (Deslocamento inicial) – 221,87 km

TE (Trecho especial cronometrado) – 306,82 km

DF (Deslocamento final) – 151,79 km

Total do dia: 680,48 km

2ª Etapa – 21/8 (Segunda-feira)

Goianésia (GO) – Santa Terezinha de Goiás (GO) – ETAPA MARATONA

DI – 78 km

TE – 248 km

DF – 0 km

Total do dia: 326 km

3ª Etapa – 22/8 (Terça-feira)

Santa Terezinha de Goiás (GO) – Aruanã (GO)

DI – 0 km

TE – 297,06km

DF – 9 km

Total do dia: 306,06 km

4ª Etapa – 23/8 (Quarta-feira)

Aruanã (GO) – Barra do Garças (MT)

DI – 102,4 km

TE – 273,20 km

DF – 95,68 km

Total do dia: 471,28 km

5ª Etapa – 24/8 (Quinta-feira)

Barra do Garças (MT) – Coxim (MS)

DI – 13,85 km

TE – 438,86 km

DF – 213,30 km

Total do dia: 666,01 km

6ª Etapa – 25/8 (Sexta-feira)

Coxim (MS) – Aquidauana (MS)

DI – 59,82 km

TE – 194,91 km

DF – 174,72 km

Total do dia: 429,45 km

7ª Etapa – 26/8 (sábado)

Aquidauana (MS) – Bonito (MS)

DI – 128,62 km

TE – 240,45 km

DF – 51,71 km

Total do dia: 420,78 km

Total da prova: 3300,06 km

Total de trechos cronometrados (especiais): 1.999,52 km

* A programação é fornecida pela organização do evento e está sujeita a alterações.

Não basta ser pai, tem que acreditar: como os filhos ajudaram Leandro Torres, campeão do Dakar, a vencer uma batalha de 60 dias no hospital

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Foto: Marcelo Machado/Vipcomm

Engana-se quem pensa que o maior desafio encarado por Leandro Torres foi superar mais de 8.000 quilômetros de percurso para vencer o Rally Dakar em 2017. Para se tornar, ao lado de Lourival Roldan, o primeiro brasileiro a ser campeão da maior e mais temida prova off-road do mundo, o piloto precisou antes vencer o rali da vida.

Em 2005, Torres pesava 130 quilos. Com dois filhos pequenos em casa, não tinha pique para acompanhá-los e, aconselhado por médicos, fez uma cirurgia bariátrica. Mas, durante a recuperação, ele pegou uma infecção na parte alta do estômago (fístula) e ficou 60 dias internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Pai de Thiago e Diogo, atualmente com 15 e 13 anos, respectivamente, Torres havia acabado de descobrir que a Amanda, hoje com 11, estava a caminho. Luciana, a esposa, chegou a sofrer um sangramento durante o período de internação do marido. Estar saudável para ficar ao lado da família foi o maior incentivo que Leandro se apegou no leito do hospital para combater a infecção e sobreviver.

“A morte estava presente e você sentia que, se vacilasse, ela chegaria muito rápido. Mas, eu tinha fé de que sairia daquela situação. Eu já tinha dois filhos em casa e ia chegar minha filha. Eu precisava estar inteiro. Minha família foi uma grande motivação”, relembra o piloto de 45 anos. “Eu tinha de estar bem de cabeça para curar a infecção. Uma luta longa, de 60 dias, minha mulher grávida. Foi um momento bem difícil. Durante a minha estadia no hospital, prometi que, se eu vencesse essa batalha, iria fazer tudo o que tivesse vontade e que Deus permitisse”, completa.

Promessa é dívida. Com o apoio da família, Torres encontrou no rali uma maneira de usufruir ao máximo a nova oportunidade que a vida lhe proporcionou. Iniciou entre as motos, em 2007, migrou para os carros e, desde 2014, apaixonou-se pelo UTV, categoria na qual sagrou-se campeão geral do Dakar deste ano.

Mais uma vez, a força vinda do lar o impulsionou para mais uma grande conquista. “Quando venci o Dakar, fiquei emocionado ao abraçar o Lourival, meu parceiro naquela jornada, mas quando abracei minha família. Eles sofreram tanto quanto eu”, afirma.

E a paixão pelas trilhas, ao que tudo indica, pegou mais um integrante dos Torres. Thiago, o filho mais velho de Leandro, começou a correr de UTV em 2016 e tem acompanhado o pai nas competições. No início de julho, o adolescente ficou em sétimo lugar na geral e foi o primeiro em sua categoria, a Infantil, no Rally Rotas SC, na serra catarinense.

Ainda em comemoração ao Dia dos Pais, Leandro Torres estará na reta final de preparação para a edição de 25 anos do Rally dos Sertões, entre 19 e 26 deste mês, com largada em Goiânia (GO) e chegada em Bonito (MS). Ele e Roldan terão uma equipe própria, a Torres Racing, e são favoritos ao título entre os UTVs, mas o piloto não abre mão do clima familiar da principal prova off-road do Brasil.

“Óbvio que é uma competição, mas quero me divertir, ter prazer. Esse é o grande motivo do rali. Se vier uma boa colocação, melhor ainda. Nessa toada, a gente conseguiu atingir objetivos bem difíceis. O Rally dos Sertões tem essa fórmula a mais que o Dakar, que é conviver socialmente com seus amigos em uma competição. Isso engrandece a prova por si só”.