KTM, com Matthias Walkner, leva o título do Dakar 2018

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FOTO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK

O Rally Dakar 2018 terminou no último sábado, dia 20, com vitória da fabricante KTM. O resultado é a 17º conquista consecutiva da marca austríaca. O autor do feito foi o também austríaco Matthias Walkner, que utilizou uma KTM 450 Rally. O argentino Kevin Benavides, que estava a bordo de uma Honda CRF450 Rally ficou com o vice-campeonato.

Confira a classificação final:

1 – Matthias Walkner (KTM 450 Rally): 43:06:01

2 – Kevin Benavides (Honda CRF450 Rally): + 00:16:53

3 – Toby Price (KTM 450 Rally): + 00:23:01

4 – Antoine Meo (KTM 450 Rally): + 00:47:28

5 – Gerard Farres Guell (KTM 450 Rally Replica): + 01:01:04

Já pela categoria SxS (antiga UTV), o título ficou com a dupla Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin. Com o título, o Brasil é campeão do Rally Dakar pelo segundo ano seguido. No ano passado a dupla Leandro Torres e Lourival Roldan foi a primeira a conseguir tal feito.

Durante a 40ª edição da competição, 8.793 quilômetros foram percorridos. Os pilotos consideraram uma das disputas mais difíceis de todos os tempos. Os veículos largaram em Lima, no Peru, atravessaram a Bolívia e encerraram o percurso em Córdoba, na Argentina.

Contagem regressiva para o Dakar 2018

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FOTO: DIVULGAÇÃO

A dupla campeã do Dakar 2017 na categoria UTV Leandro Torres e Lourival Roldan passa o comando do Polaris RZR para Zeca Sawaya e Marcelo Haseyama acelerarem no maior rali do mundo. O currículo da dupla é invejável e já levanta ótimas expectativas da equipe e do Grupo Polaris.

Juntos há 5 anos, já participaram de 4 Sertões, além de outras provas e campeonatos. Mas a vida off road dos dois teve início bem antes disso. Zeca Sawaya começou nos anos 80, esteve em 7 edições do Sertões de moto e depois correu mais 7 anos de carro e 3 de UTV. Já Marcelo, tem no currículo 20 anos em competições, sendo 8 em ralis de velocidade. “Esta será nossa estreia no Dakar. Temos uma ótima sintonia e confiamos no carro e na equipe. Chegar até aqui foi difícil, nos empenhamos muito. Agora, é contar com a sorte!”, relata a dupla, que já faz a contagem regressiva para a largada do rali em 6 de janeiro de 2018.

Coisas em comum

Assim como Leandro, os dois tem vidas profissionais atribuladas. Zeca tem uma construtora em São Paulo, mas viaja sempre para acompanhar as obras. Marcelo é engenheiro eletrônico e trabalha em vendas numa multinacional. O ponto em comum entre os três é positivo. A organização, disciplina e liderança que eles precisam exercer no dia a dia são características importantíssimas numa prova tão longa como o Dakar.

“Eu sempre digo que o rali é uma vida condensada. As tomadas de decisão, os desafios físicos e mentais são testados diariamente, em alta velocidade”, conta Zeca, “Nos primeiros dias a gente até lembra um pouco da vida, da família… mas depois a concentração passa a ser total. Esvaziamos a cabeça e focamos só na prova”. O navegador concorda: “Você tem desafios diários, pressão, concorrentes. Seu limite é testado a todo instante. Quando voltamos ao escritório, a sensação é que temos muito mais tempo para resolver os problemas. Uma coisa ajuda a outra”, conta.

Mudanças à vista

Esse ano, a categoria UTV vai se chamar SXS, abreviatura para “side by side”. É a categoria que mais cresce nos ralis pelo mundo. No Dakar, o número de inscritos quase dobrou para 2018.

Com todo esse histórico, a escolha do carro foi feita a dedo pela dupla. “A velocidade é limitada pelo regulamento da prova em 130 km/h. Então, o que mais pesou foi a confiabilidade na equipe e a durabilidade do carro”, conta Marcelo. Eles elegeram o Polaris RZR 1000 aspirado “Escolhemos muito bem nosso carro! E depois, pudemos contar com a assistência e consultoria do Leandro Torres, primeiro brasileiro a vencer o Dakar em um UTV. Estamos no caminho certo”, finalizam.

DAKAR 2018

A 40ª edição do Dakar começa no dia 6 de janeiro em Lima, no Peru. A rota segue para a Bolívia e Argentina, finalizando no dia 20 em Córdoba, com quase 9.000 quilômetros a serem percorridos 332 veículos inscritos.