7 dicas essenciais para contratar um seguro de moto

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FOTO: PIXABAY

As motocicletas caíram no gosto dos brasileiros. Seja para lazer ou para os deslocamentos cotidianos, cada vez mais pessoas optam por investir neste meio de transporte.

As estatísticas comprovam a preferência: em 2014, havia mais de 13 milhões de motos em circulação pelo país, segundo o Sindicato da Indústria de Autopeças (Sindipeças). Isto representa um aumento de 170% em comparação com o ano de 2004.

Com isto, aumenta tanto a procura por motos usadas quanto por seguros específicos para estes veículos. Porém, ainda há quem pense que contratar o serviço é muito semelhante ao processo de segurar um carro. Entretanto, as particularidades das motocicletas fazem com que seja necessário tomar alguns cuidados especiais.

Comprou uma moto e pretende contratar um seguro para ela? Então não deixe de conferir estas 7 dicas essenciais para contratar um seguro para sua moto, rode mais tranquilo e não estourar o seu orçamento:

  1. Ainda vai comprar sua moto? Faça a cotação do valor do seguro antes!

Esta dica, que é dada a quem está prestes a comprar um carro, também se aplica aos motociclistas. Afinal, dependendo do valor e da cilindrada da moto, o valor do seguro pode variar bastante. Por exemplo: uma moto popular, como a Honda CG, pode ser segurada por um investimento muito mais baixo do que uma mais robusta, como uma Harley-Davidson.

Além disso, se você for comprar uma CG usada – ou qualquer outra moto de segunda mão – é importante verificar o histórico mecânico do veículo. Se ele tem um histórico de muitas falhas, há a tendência de que você tenha muitos problemas e necessite acionar o seguro muitas vezes. Consequentemente, você pode receber uma surpresa desagradável na renovação do contrato: um aumento considerável no valor da apólice.

  1. Avalie se o uso da sua moto te qualifica para a contratação de um seguro

Quando se trata de um carro, é sempre bom ter seguro. Agora, no caso das motos, isso nem sempre é o caso. Primeiramente, você deve entender que as estatísticas apontam que as chances de acidentes e roubos envolvendo motos é mais alto do que entre os carros. Isto naturalmente puxa o valor do serviço para cima.

Consequentemente, o seguro de motos de baixa cilindrada e valor – como as scooters – nem sempre valem a pena. Isto porque elas podem ser encontradas por preços muito em conta no mercado de usados, praticamente pelo mesmo preço que você gastaria com um ano de seguro. Ou seja: caso você tenha a moto roubada ou danificada, pode valer mais a pena usar o valor para comprar outra.

Por outro lado, motos mais robustas e de luxo, como uma Harley-Davidson ou uma BMW, valem a pena o valor do seguro. Isto porque o preço do serviço é apenas uma fração de seu valor de mercado – como no caso dos carros. Assim, se houver algum dano, é mais barato acionar o seguro do que comprar outra moto. Além disso, saiba que as motos de uso comercial sempre terão um seguro mais caro. Afinal, quanto mais ela é usada, maiores as chances de sinistro. Há até mesmo seguradoras que não cobrem motocicletas usadas com este fim.

  1. Defina qual é o tipo de cobertura mais apropriado para o seu perfil

Há dois tipos de coberturas para seguros de motocicletas: o compreensivo e o não-compreensivo. Antes de procurar orçamentos, é importante conhecer as diferenças entre eles. O primeiro oferece uma cobertura mais completa, sem limite de valor. Consequentemente, é o que tem a apólice mais cara. É a melhor opção para motociclistas com mais de 25 anos e/ou que usem o veículo com frequência.

Já o segundo cobre danos cujo valor se limite a 75% do valor de mercado da moto. Assim, a apólice é mais barata. Ele também pode ter limitações quanto aos tipos de danos cobertos. Geralmente é a melhor escolha para os motociclistas com menos de 25 anos – que geralmente pagam mais – e para motos que são usadas com menor frequência.

  1. Busque recomendações com outros motociclistas

Se você conhece outros motociclistas, vale a pena pegar recomendações de boas seguradoras com eles. Pode ser que eles conheçam um corretor que faça um preço mais em conta para indicações, ou que tenha uma cobertura mais ampla para o seu modelo de moto. Isto é especialmente válido no caso de motocicletas cujo valor do seguro seja mais alto – como a família Suzuki GSX-R. Uma dica pode te economizar muito dinheiro!

  1. Pesquise – e tome cuidado com as empresas não registradas!

Além de buscar recomendações, é importante não ter preguiça de pesquisar. A diferença entre uma seguradora e outra pode ser bastante significativa! Também é preciso ficar atento às empresas que oferecem seguros sem ter o devido registro no Superintendência de Seguros Privados (Susep). Sem esta supervisão, há mais chances de que eles se aproveitem dos consumidores e não cumpram o estabelecido na apólice.

  1. Antes de assinar qualquer coisa, fique atento às exclusões

Pesquisou, pechinchou e acha que encontrou a seguradora perfeita?  Antes de assinar ou formalizar qualquer coisa, pergunte ao corretor se há exclusões na apólice – e, se houver, quais são. Isto porque estas empresas se reservam o direito de não cobrir determinados danos. Por exemplo: há seguros apenas contra furtos e roubos, que não cobrem acidentes ou danos mecânicos. Vale a pena conferir se é o caso para não ser deixado na mão e passar aperto depois!

  1. Leia a apólice com cuidado – e não minta no formulário!

Não assine a apólice assim que receber a sua cópia: leia e entenda tudo o que estiver incluso nela. Fique atento a cláusulas abusivas – por lei, se você encontrar alguma condição considerada abuso de direito, a empresa é obrigada a retirá-la. Do mesmo modo, cumpra com o seu dever e não minta no formulário de inscrição. Além de ser antiético, prestar informações falsas permite que a empresa cancele a cobertura.

Por exemplo: se a sua moto for de uso comercial, mas você afirmar que não é e sofrer um acidente, pode ter que arcar com os custos sozinho. A apólice pode até ser mais barata, mas o risco simplesmente não vale a pena!

Nem 1% das motos em SP tem seguro no sudeste do Brasil

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FOTO: TIAGO QUEIROZ

Dos 5,3 milhões de motociclistas que circulam no sudeste, apenas 1% tem seguro contratado para a moto. No nordeste, onde o número de motos supera o de carros, a situação é mais crítica. Somente 0,65% da frota total de motos é segurada, segundo levantamento feito pelo marketplace de seguros Thinkseg.

Sem seguro para o principal meio de transporte deles, a maioria de motoboys e mototáxis – atividade comum no nordeste – roda desprotegida, correndo o risco de ficar no prejuízo se houver furto ou roubo da máquina de duas rodas.

O pior é ter que continuar pagando as prestações de financiamento da motocicleta roubada. Em 2017, de todos os financiamentos de veículos contratados no País, 14,3% abrangeram motos, segundo dados da Cetip. No ranking dos estados do sudeste, São Paulo (23%) e Minas Gerais (8,5%) são os que mais financiaram motos no País. Em três estados do nordeste, Ceará, Bahia e Pernambuco, as motos representaram 14,21% dos financiamentos.

Na avaliação da Federação Interestadual das Regiões Norte e Nordeste dos Trabalhadores em Transportes de Mototaxistas e Taxistas (Fenordest), o alto preço do seguro afasta os motociclistas da contratação.  No nordeste, motoboys e mototáxis chegam a rodar, em média, 15 horas diárias, por todos os lugares, sendo alvos fáceis para furto e roubo. Em São Paulo, esses riscos também são comuns aos motociclistas.

Diante do potencial de mercado, a insuretech Thinkseg  projetou o Thinkseg Moto, com um preço justo para o motociclista que precisa de proteção, a partir de R$ 59,00 ao mês. “Em cinco segundos, a pessoa tem a sua cotação pronta”, diz o CEO da Thinkseg, Andre Gregori.