Coletes com airbags para motoboys

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Foto: Divulgação

Quando se fala em motocicletas como meio de locomoção, o quesito segurança é o primeiro a se destacar. E não é para menos: segundo o estudo “Retrato da Segurança Viária no Brasil”, divulgado em 2014 pelo Observatório Nacional de Segurança Viária, os motociclistas representam 37% das mortes e 56% dos feridos em acidentes no Brasil. Nesse cenário, profissionais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) desenvolveram uma série de testes a fim de comprovar a qualidade e o desempenho de coletes e jaquetas com airbags (sistema de amortecimento de quedas e impactos para motociclistas), visando prover parâmetros às entidades regulatórias e garantir a segurança dos usuários.

O projeto, feito no âmbito do Qualimint – programa de qualificação técnica para aprimoramento de produtos do Núcleo de Atendimento Tecnológico à Micro e Pequena Empresa do IPT – contemplou duas linhas de pesquisa diferentes. A primeira envolveu a criação de métodos de ensaios para avaliação dos coletes e jaquetas infláveis produzidos pela empresa parceira, a Inflajack, enquanto a segunda tratou da viabilidade técnica da instalação de câmeras e GPS nos coletes, opção voltada mais ao atendimento de necessidades do mercado coorporativo.

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Foto: Divulgação

“Primeiramente foram feitos testes de tração no cabo que prende a jaqueta ou colete à moto, cuja função é acionar o gatilho que insuflam as bolsas de airbag quando a pessoa é ejetada da motocicleta. Avaliou-se a força necessária para que isso ocorresse”, explica Gabriele Paula de Oliveira, pesquisadora do Laboratório de Tecnologia Têxtil do IPT. “Também se determinou, por microfilmagem, o tempo que as bolsas de airbag levavam para inflar e desinflar, além do período de ele permanecer inflado”.

Além do estudo dos sistemas de airbags, buscando agregar inovação ao produto, o projeto junto à Inflajack envolveu um segundo trabalho, que visou estudar a viabilidade técnica para a implantação de câmeras com GPS nos coletes infláveis. Isso porque a demanda por esse serviço, semelhante às câmeras instaladas em viaturas policiais, seria interessante a empresas com funcionários motociclistas.

“Instalar um equipamento capaz de filmar o trabalho do funcionário e, ao mesmo tempo, de localizá-lo no espaço, torna possível utilizar as informações obtidas para o treinamento de novos funcionários, esclarecimento dos fatos e auxílio rápido em caso de acidentes e também para monitoramento e gestão, a fim de garantir que as atividades solicitadas pela empresa são realizadas corretamente”, elenca Alessandro Santiago, pesquisador da Seção de Automação, Governança e Mobilidade Digital do Instituto.

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